sexta-feira, maio 8

Marcado

Eu não sei como fiquei com tanta coisa na cabeça, mas sei que a associação me marcou, quatro anos, no inicio não era mais que uma imagem marcada numa camisola, agora é uma tatuagem no coração.


Aprendi das maneiras mais difíceis que não devemos levar sentimentos para campo, sentimentos fracos vão nos fazer vacilar no momento em que devíamos justificar o nosso lugar em campo.
Todos nos somos escolhidos por uma especialidade, um pequeno detalhe que nos caracteriza.
Consegui descobrir em que é que sou bom, Kong não é só o apelido, aprendi a não levar o coração para campo, a saber usar toda a adrenalina do meu corpo até ela se esgotar.
Pouco importa quem é que esta a minha frente, enquanto o meu corpo se mexer nunca desisto, enfrentei os meus maiores monstros, meus maiores medos.
Sempre pensei que os meus maiores medos fossem os que encontrava em campo, não foge muito a realidade, apesar de o meu maior medo estar fora de campo.
Simplesmente acho que mudei, aprendi a respeitar o meu adversário, também aprendi a fazer com que ele me respeite, em campo os mais fortes resistem, por isso mesmo queremos todos aguentar a 60 minutos de jogo.
"Toda a agressividade do desporto, a cooperação, o trabalho de equipa nos motiva a aguentar aquele minuto em que nos sentimos a desistir de nos mesmos."
Antes havia algo que me fazia aguentar aquele ultimo esforço, aquele momento em que parece que o mundo nos caiu em cima e não nos conseguimos mexer, tinha minha motivação.
Pode ser tanta coisa para todos os jogadores, mas praticamente todos nos temos a nossa motivação, a minha foi escolhida sem qualquer intenção, aconteceu, também sei que a perdi.
Algum hei de voltar a ter a minha motivação, seja o que ela for.

Sei que se algum dia levar o meu coração para campo , não serei jogador, serei mais um espectador

Todos os passos, todas as lágrimas, sangue e suor valeram a pena

Obrigado AASM por tudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário